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Atualmente a chamada orelha de couve-flor, muito comum nos atletas praticante de artes marciais é uma lesão que costuma tornar-se rótulo para identificar lutadores e gera deformidade permanente no pavilhão auricular (orelha) é o hematoma auricular.
Atletas de Jiu-Jítsu, Judô, Boxe, Luta Olímpica, MMA, dentre outras modalidades, tinham de lidar para sempre com o problema e, geralmente, mesmo os que realizavam cirurgia plástica, reclamavam que a orelha não voltava ao normal como era antes da lesão.
Tivemos em primeira mão acesso a um estudo promissor aceito este ano, que será publicado ano que vem por pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Miami (Flórida – EUA). Nele, os autores descreveram uma técnica para ser utilizada em situação emergencial, evitando que os atletas fiquem com deformidade permanente.
Foram drenados 8 hematomas auriculares de atletas profissionais de MMA. Todas as 8 orelhas retornaram ao seu estado inicial pré-lesão. Os lutadores foram liberados para retornar aos treinos em apenas uma semana. Nenhuma infecção ou qualquer complicação pós-operatória foram observadas.
Resumo da técnica
Após a evacuação do hematoma, a pele foi substituída e foram acomodadas as partes resultantes de acordo com a posição anatômica da orelha, por meio de suturas absorvíveis para garantir a estabilidade no local. As incisões foram preenchidas com pomada antimicrobiana. Além disso, os lutadores foram tratados por 1 semana com antibioticoterapia oral.
Os pesquisadores concluíram o estudo afirmando que a nova técnica foi bem-sucedida não só pela excelente recuperação, evitando a deformidade permanente nos atletas profissionais de MMA, como também pelo fato de interromper por pequeno período a rotina de treinamento desse grupo de atletas.
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